Conservação e Reaproveitamento dos alimentos

Durante os anos de 2019 e 2020, nas Unidades Cruzeiro do Sul e CENTEC da Fundação de Ensino de Contagem (FUNEC), temos desenvolvido uma pesquisa no âmbito do Programa de Iniciação Científica da FUNEC, com o compromisso de minimizar o desperdício de alimentos e a insegurança alimentar e nutricional da comunidade escolar e da população em geral. Em consonância com a legislação brasileira, nosso estudo considera a alimentação como um fator determinante para a saúde e o acesso à alimentação adequada, um direito fundamental do ser humano, imprescindível para que todos desenvolvam suas capacidades e participem de modo pleno e digno da vida em sociedade.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), um terço dos alimentos produzidos no mundo é desperdiçado anualmente. O desperdício de frutas e hortaliças consumidas no Brasil chega a ser de 20 a 30%, desde a colheita até a mesa do consumidor.

Em contrapartida, 1,7% da população brasileira ainda vive em estado de insegurança alimentar. No entanto, a quantidade exagerada de alimentos desperdiçados seria suficiente para diminuir a fome de parte significativa da população. Nesse cenário, o aproveitamento integral dos alimentos vem de encontro às ações que visam minimizar esse problema de saúde pública.

Pensando em unir ações para reduzir esse desperdício, as atividades educativas realizadas em nossa pesquisa difundem amplamente o conceito de aproveitamento integral dos alimentos, o qual está relacionado ao consumo de partes usualmente não aproveitadas, como cascas, entrecascas, folhas, talos e sementes – partes não menos nutritivas que a polpa.

Os resíduos vegetais descartados, habitualmente, não fazem parte do nosso cardápio, muitas vezes por falta de informação e conhecimento dos benefícios desses alimentos e das formas corretas de preparo. A utilização de cascas, folhas e talos pode diminuir os gastos com alimentação, melhorar qualidade nutricional das refeições e reduzir o desperdício de alimentos.

O incentivo dessa prática, culturalmente pouco difundida no país, busca minimizar a quantidade de alimentos que iriam para o lixo em perfeitas condições de consumo. Isso se faz por meio do aprimoramento de habilidades culinárias que permitam utilizá-los de forma integral e criar pratos saborosos e nutritivos.

Como parte importante do seu conceito, nossa pesquisa possui uma frente educativa que tem como objetivo a transmissão de conhecimentos sobre alimentação para estudantes, professores, pais, empresários, voluntários, funcionários das instituições receptoras e das empresas doadoras de alimentos. Com o intuito de incentivar hábitos alimentares saudáveis, essas atividades envolvem assuntos diversos, que vão desde orientações acerca de boas práticas de manipulação e elaboração de cardápios até temas mais abrangentes relativos às questões culturais ligadas à alimentação.

Tendo em vista a atual Pandemia de Covid-19 que estamos enfrentando em todo o mundo, gostaríamos de compartilhar com vocês algumas conclusões já consolidadas a partir dos dados obtidos em nossa pesquisa, a fim de auxilia-los na conservação e reaproveitamento dos alimentos, disponível no Site da Iniciação Científica e Extensão da FUNEC. Clique no  link abaixo e veja o artigo na íntegra.

http://iniciacaocientificafunec.funecriacho.com.br/2020/04/29/conservacao-e-reaproveitamento-de-alimentos/